Metamorfose
Sutilmente abrem-se as asas azuis da borboleta
Seus movimentos vão ganhando arbítrio brilho Lentamente metamorfoseando um vestido de cetim E mirando bem dentro mim vejo seus olhos de mulher Sem força para manter os meus abertos sou levado a outro lugar E são tantas as imagens e odores que me perco do que é realidade Mas seus olhos firmes e doces me acompanham e me mostram o etéreo Sinto o tropel de quatrocentos e quarenta e quatro cavalos em minha direção Como esquecer seu abraço fazendo de minha aflição segurança e mansidão Como abandonar a lembrança do balançar de seu vestido de cetim Como se fossem as asas de uma borboleta de uma mulher de um sonho De volta cercado por imenso jardim e coberto pelo pólen da vida Posso ver agora uma nuvem de diferentes cores se afastando de mim E sei apenas que uma delas era você Abençoadas sejam as lagartas e suas íntimas reformas Carlos Correa
CorreaCarlos
Enviado por CorreaCarlos em 21/12/2022
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